Atualmente estou possuída pelo peso da idade, conquistando a liberdade e a ninguém tenho que provar algo no meu microcosmo Universal.
Nunca deixei o tempo atropelar meus projetos individuais e tentei em rede desenvolvê- los.
Agora, não existem cobranças dos papéis de esposa, de mãe e da profissional.
Sou Dona e Senhora de mim mesma, poderosa pelo ser humano que me acompanha na qual tenho a dominação afetiva e psicológica .
A idade não importa, ser desejada pelo ser humano é um sucesso feminino.
Eu, uma mulher de cinquenta anos percebi no envelhecimento uma continuídade do projeto de vida e não uma ruptura com a mudança, às vezes marcadas por fatalidades indesejáveis.
Continuo tentando, inventando e não aceito classificações e estígmas sociais
Aprendi a gostar do meu corpo com suas manifestações, imperfeições e mudanças biológicas.
Aos 50 anos reinventei a sexualidade, o corpo e a sensibilidade.
O preconceito não existe mais e os modelos rígidos de ser homem e ser mulher, ser velho ou ser jovem.
Por incrível que pareça, não aposentei de mim mesma e não aceitarei uma identidade coletiva que sempre rejeitei e contestei.
Agora nos meus 50 anos usarei mais os recursos intelectuais e a sensualidade para obter o que necessito.
Uma mulher madura é o que sou, mais independente, emocionalmente auto-suficiente.
Já estou tolerando melhor as frustrações inevitáveis da vida, e não preciso usar de subterfúgios para livrar- me delas.
Às vezes sinto-me uma psicanalista pois escuto mais do que falo e já trabalhei com a sídrome do ninho vazio e com o suicídio do meu filho.
O batom vermelho uso para provocar e não possuo vergonha do meu próprio cheiro cíclico.
Os meus gestos estão mais delicados e elegantes. Os perfumes estão sendo usados na dose certa e fragância exata. A natureza bela, talvez faça parte da minha sustentabilidade mulher no macrocosmo Universal. Estou mais sábia e serena... simplesmente, mais mulher aos 50 anos.