Quem sou eu

Eu sou eu, meus eus e os seus.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CHORO



Eu tenho à medida que designo - e este é o esplendor de se ter
uma linguagem. Mas eu tenho muito mais
à medida que não consigo designar.
(Clarice Lispector)
Pombas... estou de  molho por recomendação da Dr. Rose. Meus familiares e amigos  ( poucos)de convívio diário sabem o que vai tornar- se para eu, esses dias. Sou responsáveis por eles. Serei capaz de transforma- los em pesadelos, em momentos de vitimização ou ao contrário, o encontro comigo e a busca do re- ligare com o Universo. A busca da sabedoria sempre é constante. Ao som de Moonlight Sonara de Christopher Peacock, escrevo esta postagem. Sou madrugadara, às 6h e 30min já estou caminhando pelo apartamento acompanhada pela minha cachorra Pitty. Acordei ouvindo o canto do sabiá da praia na manhã sem sol, cinzenta e nublada. Mas, se bati em retirada como guerreira batalhadora foi recomendação médica e acompanhamento psicológico. Se não realizaria a retirada do meu corpo da batalha contemporânea pela luta da sobrevivência, sobre os históricos médicos avaliados estaria propensa a realmente nunca mais a voltar para a luta. O choro é profundo, mas não é recente, nas anotações estavam descrições sobre o meu estado de saúde. O choro faz você parar? Tive que admitir que a queda foi por aí. O choro, pranto (choro em excesso) ou ato de chorar ou lacrimejar é um efeito fisiológico dos seres humanos que consiste na produção em grande quantidade de lágrimas dos olhos, geralmente quando estão em estado emocional alterado como em casos de medo, tristeza, depressão, dor, saudade, alegria exagerada, raiva, aflição. Parei, porque foi diagnosticado depressão. Será realmente que estou nesse estado? Mas, porque corro logo para expressar meus sentimentos na escrita? A escrita e o choro desalentado possui seu significado na Psicanálise e poderá ser uma temática para mestrado.
                                                                                                               Deus e o diabo estão lutand ali,
e o campo de batalha é o coração do homem.
(Dostoiévski)
Considero o choro que estou sentindo, a verdadeira expulsão da raiva, do medo, do ódio, da incompreensão real do ser humano onipotente perante o espaço cósmico no seu amplo macrocósmo e no microcosmo. Posso estar chorando por decepção, por chantagem, também por desabafo e por estar sensibilizada diante de uma situação de sofrimento meu ou alheio.
 Busquei na identificação délfica a justificativa para o meu choro: “sei que nada sei, de tudo quanto sei”, ou por desconfiar de minhas próprias convicções, como é próprio daqueles que se dedicam à filosofia. Num segundo momento... ainda não sei.



6 comentários:

Anônimo disse...

No fim, tudo fica bem. SE não está bem, não é o fim.

Eunisia disse...

E o fim seria o começo de tudo.
Parabéns pelo trabalho realizado com o Darlan." Provável fundação de Santo Ângelo Custódio"
Bjs

Ricardo Valente disse...

Oie! Forte somos!
asturras.blogspot.com
Eu nísia

Eunisia disse...

Ricardo, concordo que; "Brigo comigo, para descomplicar e ser... feliz." asturras.blogspot.com.Parabéns!

Zélce Darclé Mousquer disse...

Eunisia
Quando a boca fala, as dores se aquietam.

beijos

Eunisia disse...

Querida Zélce,
o tempo também será cumplice para aquietar minhas dores. obrigada pelo carinho.
Muita Luz!!!
Abs