Foi realizado na noite da ultima segunda feira 09/08, com enorme sucesso o lançamento do Projeto “ Chá das Cinco com Elas e Eles:Cultura, Memória e Vida”, uma promoção da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude com a iniciativa do Arquivo Histórico Municipal Augusto César Pereira tendo como responsável a pesquisadora e escritora Eunísia Inês Kilian. O projeto busca o resgate da memória local através da reunião de moradores que integraram e integram o desenvolvimento social, político e econômico da nossa cidade. Todas as entrevistas são gravadas e transformadas em um DVD e farão parte do acervo do arquivo municipal.
Estiveram presentes: o patrono da XVIII SEMANA CULTURAL, Dalmir Renato Ledur, o Secretário Municipal de Cultura Lazer e Juventude André Kryszcczun. Os entrevistados desta noite foram a Senhora Jane de Oliveira e o Senhor Wilmar Campos Bindé, que deram uma aula de cidadania sobre a cultura, a economia e a política de Santo Ângelo. Foram elencadas várias temáticas como: reuniões familiares, dias festivos,costumes religiosos, educação, brincadeira de infância, II Guerra Mundial, a importância do serviço militar e profissões. Este encontro foi realizado como uma forma de instrumentalizar a participação da comunidade no proposto de fazer valer o direito à memória. Esteve também presente a Diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Sparta de Souza professora Jaqueline Oliveira Pires e a senhora Adelina Pfitscher Graebner, mãe da anfitriã, residente em Santa Rosa.
2 comentários:
Acredito na importância da memória. Mas ao mesmo tempo sei que lembrar demais anula o pensar. Talvez esse seja um dos problemas de Santo Ângelo. Vivemos falando do nosso passado e fechamos os olhos para o nosso presente. Nenhum dos dois deve ser anulado, repito. O futuro provém dessa intersecção. Meu medo, porém, é que viremos algo como o personagem Irineu Funes, do conto de Borges, o qual, de tanto lembrar de tudo, acabou perdendo a capacidade de pensar, uma vez que pensar é, de modo invariável, excluir. Contudo, se não lembrarmos, também não pensamos, já que é daí que provém nossa capacidade de falar. Por conta disso, apoio essa intenção, apesar de também considerar que ela devesse ser sopesada com considerações dos mais jovens sobre o presente, uma vez que os anos, parafraseando Wilde, servem apenas para termos certeza dos nossos erros. Um abraço, Eduardo.
Concordo com você. Não se vive do passado, não devemos anular o presente e o futuro sabe lá a quem pertence.Entre o tudo e o nada, o agora.
Abs,
Postar um comentário