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sábado, 26 de junho de 2010

DEUS AJUDA QUEM CEDO MADRUGA


" Deus ajuda quem cedo madruga", cresci ouvindo este dito popular.  Ao sair de casa pela manhã, observo e verifico se tudo está mais ou menos organizado. No passar pelo portão, na primeira pisada na calçada por incrível que pareça não é nela  que meu pé desce com a rapidez de águia, e sim no monte de merda do cachorro do vizinho ( confesso também tenho cachorra), resta-me limpar na grama da esquina da Marechal Deodoro. Mas, como boa profissional sigo em frente desviando as calçadas confeccionadas com diversos materiais, pedras, lajotas, gramas, para chegar pontualmente no trabalho. Não deu outra, depois de passar pela rampa de acessibilidade colocada na rua por onde passo, resvalei em uma calçada de lajotas lisas que fica em frente de um da loja do "chaveirista",  e levei uma queda enorme. Visualizei para o norte, para o sul, para o leste e oeste, ninguém por perto. Levantei com dificuldade daquele piso úmido e cabeça erguida e continuei meu trajeto (fiquei vários dias com o corpo dolorido).
Na passarela do lago da praça Pinheiro Machado, tropecei e sem querer quebrei o salto do sapato. Meio capenga, parando segundos em segundos fingindo arrumar a barra da calça jeans, cheguei finalmente ao Arquivo Histórico. Sento com o meu peso bruto e num estrondo observo a roda de suporte da cadeira no outro lado da sala. Não irei relatar como ficou a minha situação. Tranquilamente aguardo o retorno para casa ao final do expediente de trabalho.
" Deus ajuda quem cedo madruga". Pelo turno da tarde vou trabalhar concentração digo, algo como meditação com alunos de uma turma da escola. Ao ligar o DVD, sumiu as imagens e se foi o trabalho de uma semana de pesquisa na internet sobre as boas maneira ( não gravei corretamente). Finalmente sexta- feira, programei um jantar com familiares e final de trabalho. Mas, antes de retornar ao apartamento, meu doce lar, fui ao hospital visitar uma colega que tinha submetido à uma cirurgia. Prometi quinze minutos com ela mas chegou aos quarenta e cinco minutos. Ao sair do local, fui abordada por um senhor de idade com um saco de plástico de mercado contendo: feijão, arroz. bananas e azeite.  E ele, insistiu, implorou e impôs a troca daqueles mantimentos por dinheiro. E eu, sem ação simplesmente disse que não tinha dinheiro (realmente não tinha dinheiro e moeda) e entrei no carro. Nunca ouvi tantas ofensas na minha vida: - A senhora vai ter o que merece! Deus castiga quem ao pobre nega o pão... entre tantas outras coisas e  até de infeliz.
 Realmente, ele acertou,  infeliz  encontrava- me naquele momento, pois a saudade  e uma certa melancolia estava sentindo em relação ao meu filho que já partiu. Fiquei ouvindo sem mencionar uma palavra e fixa, olhava para ele pois  tinha certeza que não merecia aquele final de tarde, além disso estava doendo os meus pé, meu corpo, o meu tudo e o meu além...  O  homem saiu resmungando que ainda bem que ganhava o vale refeição, o vale gás e a bolsa família e que aquela tarde recebeu doações de  cobertores e agasalhos da campanha que a comunidade( também contribui para a campanha) tinha arrecadado. E eu, ainda acredito que Deus ajuda quem cedo madruga.

6 comentários:

Lorís disse...

Caramba! Isto é que é dia movimentado, hein?! Mas que bom que pensa positivo e que,afinal,consegue ser expectadora dos próprios acontecimentos. Bem-aventurada é por não ser a hospitalizada nem o pedinte, e principalmente, pela consciência desperta que tem. bjs.

Marisa disse...

Poxa!!!Também cresci ouvindo este ditado, mas sabe,não tenho muita convicção de que esta afirmativa seja verdadeira, não...Creio que tudo depende do ponto de vista ou do estado de ânimo em que estivermos. Mas sem sombra de dúvida, teu dia foi bastante atípico para não dizer desastrado, hem? Mas que nada!!!Termino com outro ditado que também deves conhecer: "Nada como um dia após o outro..." Abraços querida Kika!

Unknown disse...

Mesmo com tantas intercorrências no seu dia, ainda continua acreditando que "Deus ajuda quem cedo madruga"..isso é fé!! Sabemos o que nos causa os acontecimentos de um dia melhor ou pior, no fundo sabemos bem o que nos leva a sentir e experimentar esta ou aquela vivência. Mas somos humanos e adoro aquele trecho de uma música de Roberto Carlos que na minha opinião resume tudo... "Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.."...acho que diz tudo! Tudo o que vivemos e sentimos só nos mostra que estamos muito vivos,e por isso depois de chorar podemos novamente sorrir e agradecer ao nosso Deus por mais um dia!!
Estou com muitas saudades, sempre estarei por perto, deixo aquele abraço beeeemmm foooorte. Te amo!!!Beijos

Eunisia disse...

Loris,
vc por aqui, estou com saudades.
Qual será o nosso próximo passeio cultural?
Abs,
Eunísia

Eunisia disse...

Marisa,
o pai presenteou- me com um jogo que guardo até hj, "Devagar se vai ao longe", juro que já ganhei diversas partidas, mas caminhar devagar e em câmara lenta não consigo.Valeu!!!
Bjs,
Eu, Kika

Eunisia disse...

Amada Luciana,
realmente,"sabemos o que nos causa os acontecimentos de um dia melhor ou pior, no fundo sabemos bem o que nos leva a sentir e experimentar esta ou aquela vivência".E que "- Deus me dê paciência e um pano para a embrulhar".
Aguarde, em breve estaremos em Rio Grande comendo pastel de camarão no mercado público e observando o nascer do sol no Cassino.
Vc mora em meu coração. Tbém te amo!
Abs,
Eunísia